Sabemos que os engenheiros desempenham um papel fundamental no desenvolvimento tecnológico de qualquer país. Segundo estimativas, o Brasil tem déficit de 150 mil engenheiros por ano.
Enquanto o Brasil forma cerca de 40 mil engenheiros por ano, a Rússia, a Índia e a China formam em média 190 mil, 220 mil e 650 mil, respectivamente. No Brasil há em torno de 700 mil engenheiros, o equivalente a sete profissionais para cada mil trabalhadores. Nos Estados Unidos e no Japão, a proporção é de 25 a 30 engenheiros por mil trabalhadores. Dos 40 mil engenheiros que se diplomam anualmente no Brasil, mais da metade opta pela engenharia civil – área que menos emprega tecnologia. Assim, setores como os de petróleo, gás e biocombustível são os que sofrem com a escassez desses profissionais.
Com isso, a formação universitária de engenheiros para o desenvolvimento do país está diretamente ligada com o nível de escolaridade no que se refere à educação básica, que ainda é precária.
Não basta apenas cursar engenharia pensando no salário ou no status, devemos pensar no bem-estar de uma sociedade, ou seja, investir em projetos de pesquisa, sendo que isso já existe, mas com pouca ênfase.
Nosso sistema de ensino superior, diferentemente do que ocorre em outros países, se concentra em educação, ciências sociais, direito, economia e administração.
Apenas 5,1% dos egressos cursam engenharia e apenas 9,7% se formam em cursos de ciências, matemática, computação e agrárias, segundo dados do Iedi (Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial/julho de 2010) Acreditando que esta porcentagem não difere muito de 2014, precisamos incentivar os jovens com projetos de pesquisa e não ficar só na filosofia das matérias das “grades” de cursos.
O incentivo à pesquisa e empresas júnior são bons exemplos de como formar um estudante de engenharia em um excelente profissional no mercado de trabalho. Se observarmos atentamente, quase tudo depende da energia elétrica. Então, entramos em um ponto a ser estudado: as energias renováveis, sendo variável na melhoria do meio ambiente.
Contudo, se torna de grande valia a formação universitária de engenheiros no Brasil, pois a vida é uma engenharia com seus fenômenos físicos e químicos.
Autor: A Tarde
