Maior bateria do mundo equaliza energia dos ventos

Em um local remoto do Texas, bem no quintal da indústria petrolífera, foi ligado na semana passada um equipamento para impulsionar as energias limpas e renováveis.

É a maior bateria do mundo, destinada a funcionar como uma “represa de energia” entre uma fazenda eólica e a rede de distribuição elétrica.

O objetivo é garantir um suprimento contínuo da eletricidade produzida pelos ventos para a rede elétrica.

Projetada com a tecnologia desenvolvida pela empresa emergente Xtreme Power, e financiada pela concessionária Duke Energy, a bateria pode injetar até 36 megawatts de potência na rede em um período de 15 minutos.

Isso não apenas resolve o dilema da intermitência natural da energia eólica – sempre dependente das variações dos ventos -, como ainda adiciona um elemento de segurança para a rede elétrica, que passa a contar com uma potência de reserva para atender prontamente qualquer pico de demanda.

Tecnologia chumbo-ácida

Apesar do seu tamanho, a maior bateria do mundo não traz muitas novidades tecnológicas.

Ela é formada por módulos do tamanho de um ônibus baseados na tecnologia chumbo-ácida, a mesma presente nas baterias dos automóveis há quase um século.

A novidade é que os eletrodos têm maior área, e cada módulo possui múltiplos terminais, o que permite que a eletricidade flua rapidamente, quase como em um supercapacitor.

Projetos de demonstração tecnológica

O Departamento de Energia dos Estados Unidos está financiando uma série de projetos de demonstração tecnológica para lidar com a intermitência típica das fontes de energia renovável, como solar, eólica e das ondas e marés, dos quais a superbateria é apenas o primeiro.

Segundo o órgão, ainda em 2013 deverão entrar em operação duas outras tecnologias com o mesmo objetivo, destacando-se uma bateria de fluxo à base de cloreto de zinco, que é recarregada por meio de um eletrólito líquido reaproveitável.

A bateria de fluxo será instalada na cidade de Modesto, na Califórnia, devendo substituir uma térmica a gás de 50 MW.

Autor: Inovação Tecnológica