Instituto da USP vai desenvolver aviões robóticos

A professora Kalinka Castelo Branco com um modelo do veículo aéreo não-tripulado Tiriba

O Exército brasileiro e a USP assinaram uma parceria para o desenvolvimento de veículos aéreos não-tripulados (VANT).

Entre as utilizações previstas para os aviões robotizados está o monitoramento de fronteiras.

A parceria envolve o Departamento de Ciência e Tecnologia do Exército Brasileiro e o Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia de Sistemas Embarcados Críticos (INCT-SEC), sediado no Instituto de Ciências Matemáticas e da Computação de São Carlos (ICMC) da USP.

“A parceria reúne as experiências do INCT-SEC e do Exército em sistemas embarcados críticos e aeronaves não tripuladas”, diz a professora Kalinka Castelo Branco, do ICMC. “A partir desta aproximação, serão definidas quais as aplicações e os produtos que serão desenvolvidos durante o convênio.”

Dentro do convênio, integrantes do Exército realizarão Mestrado e Doutorado no ICMC, que sedia o INCT-SEC. “Estas atividades são importantes para a formação de recursos humanos e a aquisição e intercâmbio de conhecimentos”, diz a professora.

Robô aéreo Tiriba

O INCT-SEC doou ao Exército um veículo desenvolvido no Instituto, denominado “Tiriba”, que será utilizado nas atividades militares e poderá servir de base para a aquisição de aparelhos semelhantes.

O VANT desenvolvido pelo INCT-SEC é um robô aéreo que voa e executa missões de forma autônoma, sem a intervenção de um piloto.

No Exército, os veículos aéreos não-tripulados são necessários no trabalho de monitoramento das fronteiras, em parceria com a Polícia Federal, e no reconhecimento de locais de difícil acesso por meio de fotografias e filmagens.

O avião robô brasileiro é elétrico e possui uma hora de autonomia de vôo, sendo que, após esse período, ele pode pousar para troca de baterias. “Ele realiza as missões que são passadas por meio de smartphone ou tablet e retorna ao local de partida ou para um ponto específico determinado pelo programador da missão”, diz a professora Kalinka.

O aparelho pesa entre 3,7 e 4 quilos e possui envergadura (distância entre uma ponta e outra da asa) de 3 metros.

“Por ser autônomo e inteligente, o veículo pode ajustar sua rota conforme as variações dos ventos, por exemplo”, acrescenta a professora do ICMC.

O lançamento do VANT é feito à mão e o pouso acontece por meio de pára-quedas.

Autor: Agência USP