Vídeo: Os dois lados da Belo Monte

Estudantes parodiam globais em vídeo pró-Belo Monte 

Alunos de engenharia civil e economia da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), defensores da construção da usina de Belo Monte no rio Xingu (PA), produziram vídeo em resposta ao projeto “Gota D Água”, que reúne atores da TV Globo numa campanha contra a instalação da hidrelétrica.

No vídeo, os estudantes usam roteiro semelhante ao utilizado na gravação dos artistas.

O grupo criou ainda o movimento “Tempestade em Copo D Água”, uma sátira a campanha original.

Sobre o alagamento de área verde para a instalação da usina, os alunos argumentam que a “floresta já vem sendo desmatada ilegalmente na Amazônia a troco de nenhum ganho econômico e social”. Eles defendem ainda o “emprego de recursos gerados pela usina em benefícios para a região”.

Para Sebastião de Amorim, professor da Unicamp que participa do vídeo, “Belo Monte será um belíssimo projeto sobre os aspectos econômico, social e ambiental”.


Globais gravam vídeo de protesto contra Belo Monte 

Artistas globais gravaram um vídeo de protesto contra a construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu (PA). No vídeo, atores como Juliana Paes, Cissa Guimarães, Eriberto Leão, Bruno Mazzeo, Marcos Palmeira e Maitê Proença, entre outros, questionam a viabilidade da usina. Eles participam de um movimento chamado “Gota D Água”, que se propõe a “mostrar que o bem é um bom negócio e envolver a sociedade brasileira na discussão de grandes causas que impactam o nosso país”. 

“A primeira campanha do movimento discute o planejamento energético do país pela análise do projeto da hidrelétrica de Belo Monte, a mais polêmica obra do PAC. O braço técnico desta campanha é formado por especialistas ligados a duas organizações de reconhecida importância para a causa: Movimento Xingu Vivo Para Sempre e o Movimento Humanos Direitos, informa nota no site do movimento. A obra de Belo Monte tem custo estimado em R$ 26 bilhões. Uma das críticas à nova hidrelétrica é que ela não irá operar na capacidade máxima, visto que, durante o período de seca, a baixa vazão do rio Xingu irá obrigar a redução na geração de energia. 

Além disso, duas terras indígenas –Paquiçamba e Arara da Volta Grande do Xingu– ficam no trecho do rio Xingu que terá sua vazão reduzida por causa da barragem. Como os índios dependem do rio para alimentação e transporte, o modo de vida tradicional dessas populações está ameaçado pela usina.

 

Autor: Folha.com e You Tube