SP: mortes por atropelamento caem 71% no Centro após programa

Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) de São Paulo registrou uma tendência de queda de 71% no número de mortes provocadas por atropelamento dentro da área compreendida pela primeira Zona de Máxima Proteção ao Pedestre (ZMPP) Centro/Paulista. O estudo foi feito nos períodos de 11 de maio a 30 de junho de 2008, 2009, 2010 e 2011. Nos dois primeiros anos, ocorreram cinco mortes na região. Em 2010, foram sete no mesmo período e, em 2011, duas mortes de pedestres por atropelamento na ZMPP.

Conforme a CET, o período avaliado representa 51 dias de vigência do Programa de Proteção ao Pedestre e faz comparações com períodos anteriores ao programa. O estudo também aponta uma redução de 36,4% no número de atropelamentos na ZMPP no período de 11 de maio a 30 de junho em dados comparativos com o ano passado. Em 2011, foram 61 atropelamentos neste período contra 96 em 2010.

O Programa de Proteção ao Pedestre foi implantado no município em 11 de maio deste ano com a meta de reduzir entre 40% e 50% o número de mortes por atropelamento na cidade até o fim de 2012. Em 2010, a cidade de São Paulo contabilizou 7.007 atropelamentos, resultando na morte de 630 pedestres. Pelo menos 313 deles (49,6%) morreram no primeiro semestre daquele ano, de um total de 684 mortes por acidentes de trânsito.

O trabalho educativo para evitar atropelamentos em São Paulo é feito por 798 orientadores de travessia contratados e três equipes de mímicos. Segundo a CET, o efeito já é perceptível, pois a quantidade de atropelamentos na cidade vem diminuindo gradativamente ano após ano. Além disso, a última pesquisa de percepção do pedestre realizada pela CET na área central da capital revelou que, entre os motoristas, a prioridade aos pedestres na faixa de travessia aumentou de 10% para mais de 25% entre julho e agosto.

Autor: Terra