Especialistas apostam no Pinus

O professor e Engenheiro Civil, do Departamento de Engenharia Florestal da Universidade do Estado de Santa Catarina (Udesc), Rodrigo Figueiredo Terezo destaca que o Pinus é uma madeira fácil para se trabalhar, pois possui fácil secagem e oferece diversos benefícios como bom acabamento. 

“O compensado de Pinus é amplamente utilizado em fôrmas para concreto armado, podendo ser reutilizado com maior frequência, de 4 a 6 vezes, no período de cura do concreto. Já os produtos de Pinus ao serem empregadas como portas, forros, batentes, entre outros. que ficam no interior da construção, têm sua vida útil longa quando utilizados corretamente e protegidas da umidade”. 

Segundo ele, a construção civil é responsável, desde 2001, por mais de 15% do Produto Interno Bruto (PIB) do país. “Este mercado está consumindo, cada vez mais, mercadorias com elevado grau de industrialização e pré-fabricação. Isto se deve ao fato da falta de mão de obra treinada, maior controle de qualidade e garantia do serviço, bem como os prazos mais curtos de execução de obras”, esclarece Terezo. 

O presidente do Sindicato da Madeira, Israel José Marcon explica que da área da serra catarinense, 6,5% é de produção de Pinus. “Não parece, mas é uma área ainda muito baixa”. 

Para o professor de Engenharia Florestal do Centro de Ciências Agroveterinárias (CAV) da Udesc, Alexandre Ferreira de Macedo, o meio ambiente não está prejudicado com a demanda de Pinus. Afirma que esta madeira é “rodeada” por muitos mitos, como a secagem da água no solo. 

É importante ressaltar, segundo ele, que toda monocultura não é desenvolvida como a mata nativa. “Não podemos comparar o pinus com a floresta nativa, mas sim com uma produção de maçã, lavoura de soja, de milho, uma área destinada a produção. O objetivo não é tirar a mata nativa para o Pinus e sim plantar esta madeira ao contrário de outra produção”. 

Em relação ao solo, o Pinus utiliza menos agrotóxico se comparado à outras plantações. Seu ônus, pode estar ligado a mudança de produção no mesmo solo, ou seja, os tocos que ficam na terra precisam apodrecer para que o solo esteja bom para uma lavoura. Esse tempo demora de dois a três anos. “É inviável economicamente arrancar o toco. Geralmente é deixado pasto crescer em volta ou plantado mais mudas de pinus”.

Autor: Portal Moveleiro