Nova tecnologia usa bactérias para a produção de biodiesel

Em vez de biomassa, o processo desenvolvido pela Joule Unlimited emprega um tipo especial de bactéria, energia solar, gás carbônico e água.

A nova tecnologia foi anunciada na última terça-feira, quando a empresa responsável pelo desenvolvimento recebeu o registro da patente. Para produzir combustível, a Joule Unlimited usa uma forma modificada de cianobactéria, ou alga azul, que cresce na água e é capaz de secretar biodiesel. 

A empresa afirma que pode produzir biodiesel diretamente, usando apenas a luz do sol e dióxido de carbono em biorreatores de vidro, por menos de 30 dólares por barril.

Em comunicado oficial, a Joule Unlimited diz ser a primeira companhia a patentear um processo contínuo e de passo único que não requer matéria-prima para a produção de combustível.

“Nossa visão, desde o começo, foi vencer as limitações das tecnologias baseadas em biomassa, desde o custo da matéria-prima e da logística até o processo ineficiente e de uso intensivo de energia”, afirmou em comunicado, Bill Sims, CEO da Joule Unlimited.

O texto da patente explica que o processo desenvolvido pela Joule Unlimited combina duas enzimas com uma cianobactéria para gerar um organismo capaz de criar hidrocarbonetos ou químicos.

Segundo reportagem publicada no blog Green Tech, outras empresas, como a LS9 e a Amyris, também usam micróbios modificados para a produção de biocombustíveis. Entretanto, o processo desenvolvido por elas produz açúcares que, então, são transformados em combustíveis.

Atualmente, a Joule Unlimited testa o sistema para a produção de diesel e etanol no Texas, Estados Unidos, onde a luz do sol e o dióxido de carbono alimentam os biorreatores. A sequência de produção é a seguinte: os microrganismos crescem, o combustível é coletado e os microrganismos são transferidos de volta para a solução nutritiva para crescimento. Os biorreatores controlam a temperatura e a luz para otimizar o crescimento dos microrganismos.

A empresa iniciará a fase experimental de produção no fim deste ano. Se os testes derem certo, a produção em escala comercial deve começar a partir de 2012.

Autor: Depois da Roda