Espuma reciclada pode substituir espuma à base de soja em estofamentos automotivos

Graças a um novo processo industrial, as montadoras podem reciclar sobras de espuma de poliuretano para usá-las na produção de assentos para veículos.

As aparas de espuma são trituradas e submetidas a tratamento termoquímico. Em seguida, a massa obtida é moldada no formato de assentos e de apoios de cabeça usados em veículos.

A espuma reciclada corresponde a 5% do peso do material usado no assento e a 10% do empregado nos apoios de cabeça e substitui a quantidade de espuma à base de soja utilizada anteriormente.

Embora a espuma à base de soja cause menos impacto ambiental do que a de poliuretano, o processo de reciclagem dessa última promoverá o aproveitamento de resíduos antes descartados.

A Chrysler, por exemplo, conseguirá reciclar nos Estados Unidos mais de 80 toneladas de aparas de espuma de poliuretano. O volume de material equivale à carga total de 33 caminhões de lixo. Os assentos e apoios de cabeça produzidos com a nova espuma equiparão a versão 2011 do SUV Grand Jeep Cherokee. No futuro, a montadora espera aumentar o uso da espuma reciclada para 10% nos assentos e 20% nos apoios de cabeça.

O uso sustentável de matéria-prima também está nos planos de outras montadoras. Algumas delas passaram a informar não só a eficiência no uso de combustível como o índice de componentes recicláveis em cada veículo.

Recentemente, a Ford norte-americana anunciou que 85% dos componentes usados no SUV Explorer 2011 podem ser reciclados. Já a Smart informou que 95% das peças do pequenino ForTwo são recicláveis.

No vídeo a seguir (em inglês), os especialistas da Chrysler explicam o processo de reciclagem das aparas de espuma de poliuretano.

Autor: Depois da Roda