Talentos que brilham


Ex-aluno Denis Luiz Mazini, engenheiro de estratégias globais da General Motors

Formado em Engenharia Mecânica na Mauá em 2002, Denis Luiz Mazini iniciou sua carreira profissional muito cedo. Hoje, é engenheiro de estratégias globais de uma das empresas automobilísticas mais conceituadas do mercado.

Na General Motors desde os 14 anos, Mazini entrou na montadora por intermédio do SENAI e, desde então, passou por diversas áreas da Engenharia até assumir o cargo na BFO CGL (BOM Family Owner Computer Generated Labels), como engenheiro responsável globalmente por etiquetas. “O nome é estranho, mas, para cada peça de um veículo, existe um único engenheiro responsável por todas as aplicações dessa peça na empresa globalmente”, explica. 

Ou seja, Denis é atualmente o engenheiro responsável globalmente na GM por etiquetas impressas. Peças que têm como objetivo principal atender às legislações vigentes do País onde o veiculo será comercializado ou para requisitos de segurança do mesmo.

Com profissionais da matriz da GM e do NICB (National Insurance Crime Bureau), Manzini começou em junho de 2009 a desenvolver um importante e moderno item de segurança para os veículos da montadora. Hoje, cerca de um ano depois, a etiqueta de identificação veicular já está concluída e deverá, em breve, substituir a placa de VIN (Vehicle Identification Number ou Número de Identificação do Veículo) e rebites que são afixados embaixo do para-brisa dianteiro dos veículos importados. 

“Com a nova tecnologia, os consumidores dos carros GM terão um produto com maior dificuldade de ter o número do chassi clonado e, com isso, o NICB já acenou que os seguros de veículos fabricados pela montadora ficarão mais baratos”. Além disso, outro benefício será para a própria empresa, que, por conta da globalização das operações, necessitará de peças e processos comuns para que se possa ter uma redução de custos.

O principal desafio enfrentado pela equipe foi criar uma peça tão segura quanto a placa de VIN e rebites utilizados pela empresa nos Estados Unidos. Para isso Manzini desenvolveu a etiqueta, formada por um composto polimérico de sete camadas. A primeira camada é um adesivo; a segunda é autodestrutível – se alguém tentar violar, a etiqueta desfaz-se; a terceira possui um fundo prata; a quarta tem fundo preto; a quinta são marcas d’água visíveis; a sexta é uma proteção contra raios ultravioleta e, por fim, a última camada é a impressão reversa do número do VIN. “A peça chega até o local de manufatura sem impressão de conteúdo, então, por um processo de impressão reversa, são impressos na etiqueta o número do chassi, código de barras 2D e o logo da GM”, revela Manzini.

Segundo o engenheiro, a inclusão dessa nova tecnologia nos veículos da montadora se dará aos poucos. Começará pelos lançamentos de arquiteturas globais. “O primeiro uso da peça será em fevereiro de 2011 na Coreia do Sul, Egito e Equador. Já os consumidores brasileiros e norte americanos terão a oportunidade de ver a etiqueta no segundo semestre do mesmo ano”, finaliza.