Aposta da Battistella, da Aliança Navegação e Logística e do Fundo BRZ de Investimento em Logística renderá bons frutos para as companhias e para os estados do Paraná e Santa Catarina. As empresas estão investindo pouco mais de R$ 450 milhões no Porto de Itapoá, em construção na Baia de Babitonga (SC), que terá, inicialmente, dois berços de atracação com 630 metros de extensão, permitindo a entrada de navios de grande porte em razão do calado natural do porto de 16 metros.
Previsto para começar a operar a partir de junho de 2010, o Porto de Itapoá terá capacidade para atender até 500 mil TEU’s por ano. Gérson Schmitt, Diretor Presidente do Grupo Battistella, sócio-majoritário responsável por 42% do montante investido no empreendimento, disse que “o Porto de Itapoá deverá ser o mais moderno e eficiente terminal de containeres do sul do Brasil. Sua operação será fundamental para ganhos operacionais e logísticos de todas as empresas associadas. Toda cadeia de valor de empresas exportadoras e importadoras ganhará um equipamento logístico de alta produtividade e competitividade que deverá trazer ganhos macro-econômicos significativos para toda região”, considerou.
A escolha pela área que faz divisa entre os dois estados do Sul do País não foi por acaso. O fato de o Paraná e Santa Catarina não terem condições de receber navios de grande porte foi o primeiro fator que influenciou a construção do porto no local; além disso, em Babitonga já são realizadas operações portuárias, o que favorece o desenvolvimento das atividades.
A expectativa da Aliança Navegação e Logística, empresa do Grupo Hamburg Sud, que tem 30% das ações de Itapoá (outros 28% são do Fundo BRZ), é que os dois estados movimentem juntos dois milhões de contêineres em 2015 e, em média, três milhões em 2020, dos quais 20% serão pelo novo porto. No acumulado movimentado em 2008, os dois estados registraram ao todo 990 mil contêineres.
“Certamente Itapoá, que tem contato com o apoio da Secretaria Especial dos Portos e da Antaq, terá um peso significativo no desenvolvimento portuário regional e nacional”, disse José Antônio Balau, Diretor de Operações da Aliança.
Uma crescente para os negócios
O interesse da operadora logística marítima no Projeto de Itapoá vai ao encontro da sua perspectiva de ampliar sua atuação no mercado de cabotagem. Conforme informações da empresa, será possível ofertar serviços com maior sinergia nesses e em estados vizinhos. Para isso, a companhia já incorporou dois novos navios de 2.500 TEUs a sua frota e aumentou em 20% a capacidade do transporte costeiro.
Schmitt apontou a econômica do estado catarinense, o apoio e interesse do governo e da iniciativa privada e a localização geográfica estratégica como outras vantagens do investimento em Itapoá.
Além disso, “o conhecimento e experiência da Battistella em operar com logística e exportação a partir da região sul onde se concentram seus negócios, o prestígio e a credibilidade também foram fundamentais para a consolidação do projeto”, completou o executivo.
Ao falar sobre a parceria do projeto com a Aliança Navegação e Logística, Schmitt comentou: “foi uma atração natural. Com a concepção do projeto percebida idealizada e estruturada pelo Grupo Batistella, a atratividade das condições técnicas e operacionais do projeto, localizado em um município de baixa densidade demográfica e com grandes áreas disponíveis para expansão, despertou o interesse de empresas especializadas na atuação do setor logístico, especialmente de transporte marítimo”, disse.
“Para a Hamburg Sud realiza-se a viabilização de trazer para a costa da América do sul navios de grande porte e baixo custo operacional marginal, ampliando seus negócios e competitividade no continente, um dos mercados de maior expansão para a próxima década”, concluiu.
Autor: WebTranspo
