Governo negocia com empresas para ter placas solares em casas populares

Grupo de trabalho definirá a instalação das placas nas casas do programa Minha Casa Minha Vida

A instalação de sistemas de aquecimento solar nas casas do programa Minha Casa Minha Vida, que pretende construir até 1 milhão de unidades casas, começa a ser definida pelo governo. Na última semana, foi criado um grupo de trabalho para analisar os critérios da implantação das placas e apressar as negociações com as construturas.

O grupo tem representantes dos ministérios do Meio Ambiente, de Minas e Energia e das Cidades. A Caixa Econômica Federal, o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro) e empresários do setor completam o grupo, que deve se reunir com as empreiteiras na primeira quinzena de agosto.

“Como os projetos estão na etapa inicial, é importante ter uma conversa com as maiores empresas de construção civil para incentivá-las a dar essa contribuição. Poderão rever os projetos ou incluir os aquecedores em novas propostas. Acredito que não haverá muita complicação”, explicou a coordenadora de Energia e Meio Ambiente da Secretaria de Mudanças Climárticas do Meio Ambiente, Vânia Soares.

Segundo Vânia, a inclusão do sistema de aquecimento solar nas casas tem custo médio de R$1,2 mil, dependendo da região do País. “Não vai afetar o valor da prestação. As empresas receberão subsídios e em alguns casos haverá doação dos equipamentos”, afirmou a coordenadora.

O grupo de trabalho não definiu metas ou número mínimo de unidades habitacionais que deverão receber o sistema de aquecimento solar. A iniciativa vai depender das construtoras ou das prefeituras, que podem suferir a inclusão das placas solares nos projetos. Segundo Vânia, a Caixa irá financiar todos os projetos. Na primeira etapa, estima-se que até 100 mil casas poderão receber os equipamentos.

O grupo de trabalho também estuda como oferecer capacitação para os engenheiros e arquitetos da Caixa – responsáveis pela análise dos projetos das empreiteiras – e para os futuros moradores, para fazer a manutenção e limpeza dos equipamentos.

Autor: Jornal da Energia, com informações da Agência Brasil