Usiminas investe em logística para transformar terminal marítimo

O presidente da Usiminas, Marco Antonio Castello Branco, anunciou o lançamento de um plano de estudos de logística para transformar o antigo terminal marítimo privativo da Cosipa no que seria o mais próximo possível de um projeto de porto em Cubatão. 

Além disso, ampliará as instalações retroportuárias da usina de Cubatão. O terminal, cujo calado está sendo aprofundado, passará a operar, além das cargas próprias da siderúrgica, também a de terceiros. 

Nesse patamar, teria potencial para ser ainda mais competitivo. Permitiria que navios de maior capacidade operassem no terminal, aumentando em 25% a carga útil movimentada tornando o porto potencialmente apto a suprir não apenas necessidades logísticas, mas também a atrair novos negócios. 

Mesmo com a crise siderúrgica, a Usiminas, que tem três dos seus cinco fornos parados, acredita na retomada da produção. Há um potencial estimado de aumento da capacidade de movimentação de minério de ferro para até 20 milhões de toneladas/ano e de coque para até 1 milhão de toneladas/ano. Atualmente, a movimentação anual no porto é de 12 milhões de toneladas de produtos. 

QUARENTA ANOS 

O anúncio formal foi feito durante as comemorações dos 40 anos de operação desse terminal. O primeiro navio a atracar no Terminal Marítimo Privativo de Cubatão, em 27 de junho de 1969, foi o Siderúrgica VII, que transportou 9 mil toneladas de carvão provenientes de Santa Catarina. O presidente da Usiminas homenageou Carlos Fernando Solbiati, o primeiro prático a conduzir o Siderurgia VII nessa atracação. 

O acesso até a Usina José Bonifácio de Andrada e Silva foi possível por meio da dragagem dos rios Mogi e Piaçaguera, criando assim o Canal de Piaçaguera, que liga o Porto de Santos à Usina de Cubatão da Usiminas. 

A Usiminas prevê investimentos de R$ 500 milhões na ampliação do terminal. O novo objetivo, “de olhar para o futuro” é incrementar a operação do terminal como uma Unidade de Negócio. O projeto contempla alternativas para utilização do píer, do pátio de estocagem e de equipamentos de carga e descarga, aproveitando o fato de estar estrategicamente localizado, próximo ao Porto de Santos, dentro do polo e servido por sistemas rodoviários e ferroviários interligados à Capital e ao Interior. 

SINAIS DE RECUPERAÇÃO 

A expectativa do diretor de Logística da Usiminas, Paulo Fraga, é que esses estudos sejam concluídos até o mês de setembro deste ano. De acordo com ele, a indústria nacional já começa a dar sinais de recuperação e utilização dos produtos siderúrgicos, principalmente o setor automotivo. 

Nesse patamar, o TPMC teria potencial para ser ainda mais competitivo, pois permitiria que navios de maior capacidadeoperassem noterminal, aumentando em 25% a carga útil movimentada. 

CANAL MAIS FUNDO 

Para atender a terceiros, o terminal passapor um processo de modernização de equipamentos.
Dois Mabor Harbour Crane (MHC), equipamentos de decarregamento,vãodobraravelocidade do processo. Os equipamentos anteriores levavam, em cada carregamento, 30 toneladas. O novo suporta até 100 toneladas. Mas a maior expectativa está na conclusão dos serviços de dragagem ­ já em andamento ­ que restabelecerá o calado de 12metros.

Autor: A Tribuna