Propostas serão abertas em 20 dias

O secretário de Transportes do Estado, Mauro Arce, anunciou ontem que em 20 dias abrirá os envelopes com as propostas para a realização do projeto básico da ponte entre os bairros Ponta da Praia, em Santos, e Santa Rosa, em Guarujá. Já na Câmara de Santos, autoridades não chegaram a um consenso sobre qual a melhor alternativa de ligação seca ­ a da entrada do Canal do Estuário ou a projetada pela Prefeitura de Santos e a Codesp, entre o Saboó e a Ilha Barnabé. 

Arce apresentou o cronograma do projeto de ligação seca aos deputados estaduais Paulo Alexandre Barbosa, Bruno Covas e Cássio Navarro, do PSDB. A ideia do Governo é ter o estudo pronto até novembro próximopara, então, iniciar a contratação do empreendimento. 

As propostas para a execução do projeto básico serão abertas no próximo dia 15. A divulgação da empresa escolhida acontecerá na última semana do próximo mês. Já os estudos serão iniciados em agosto, com previsão de serem concluídos até novembro. 

O cronograma também prevê que a obra comece em janeiro de 2010, com prazo de entrega de 30 meses. O projeto custará cerca de R$ 500 milhões. 

O secretário garantiu, ainda, que haverá uma série de encontros com as comunidades locais, entre elas a portuária. O primeiroserá realizadoem Santos, no final de agosto. 

“O importante é que os técnicos da empresa que será responsável pela elaboração do projeto básico possam ouvir a opinião das pessoas, dos especialistas e profissionais que vivem em Santos e em Guarujá, dos setores diretamente envolvidos na questão”, explicou Paulo Alexandre Barbosa. 

AUDIÊNCIA PÚBLICA 

NaCâmara de Santos, a audiência pública para debater as alternativas de ligação seca entre as duas margens do Porto de Santos­ túnel ou ponte ­ terminou sem consenso. O único entendimento é que a região precisa de pelo menos uma delas. 

O vereador Benedito Furtado (PSB), que presidiu a sessão, disse que a ligação entre o Saboó e a Ilha Barnabé é prioritária. Para ele, a localização permitirá a expansão do Porto para a Margem Esquerda e o desenvolvimento da Área Continental de Santos. “Precisamos ligar Santos a Santos. Não há recursos para as duas obras, então a do fundo do canal tem que sair primeiro”. 

O superintendente de Obras da Codesp, Paulo Varela Casasco, destacou que a opção é prioritária. Para ele, a ligação entre a Ponta da Praia e o Santa Rosa tem que ser “bem analisada para não limitar a expansão do Porto. 

A proposta do Estado era de que a ponte na Ponta da Praia tivesse 70 metros de altura o que limitaria a passagem de grandes navios. 

Representantes da Agência Metropolitana da Baixada Santista defenderam a opção do Governo do Estado, lembrando que Arce se comprometeu a discutir o projeto com a sociedade.

Autor: A Tribuna