Audiência pública esclarece dúvidas sobre concessão do sistema único de arrecadação

A proposta para implantação de um sistema único de arrecadação centralizada do transporte público de passageiros na Região Metropolitana de São Paulo (RMSP) foi apresentada na manhã desta quarta-feira (22), em audiência pública realizada no Instituto de Engenharia, na capital. 

Representando o Governo do Estado e a Prefeitura de São Paulo, por meio das respectivas Secretarias de Estado dos Transportes Metropolitanos e Municipal dos Transportes, o Metrô forneceu informações, esclareceu dúvidas e colheu sugestões para o projeto, que será viabilizado por meio de uma parceria público-privada (PPP).

A criação do sistema de arrecadação possibilitará no futuro a adoção do bilhete integrado, que facilitará o acesso da população aos meios de transportes, podendo inclusive abranger outros municípios da RMSP. 

O objetivo é proporcionar facilidades aos usuários e ao mesmo tempo obter ganhos que representam uma economia nos custos de arrecadação. Isso porque o concessionário privado terá a possibilidade de obter receitas acessórias (exploração comercial de outros serviços num mesmo cartão eletrônico), compartilhando-as obrigatoriamente com os poderes concedentes. 

Além de racionalizar os custos de comercialização dos bilhetes para viagens, a concessão permitirá que novas tecnologias e serviços sejam agregados aos cartões, beneficiando diretamente o usuário. 

Compromisso 

Na abertura da sessão, o diretor de Planejamento da SPTrans, Pedro Luis de Brito Machado, traçou o histórico do processo de implantação do sistema de bilhetagem eletrônica a partir de 2004. O diretor lembrou, ainda, outro marco importante, que foi a adesão, em 2005, por meio de convênio, do Metrô e da CPTM ao sistema de bilhetagem do município, o que deu origem ao atual Bilhete Único. “Criou-se a integração, a coisa funcionou muito bem e isso nos deixou muito satisfeitos”, disse. 

O diretor de Assuntos Corporativos do Metrô, Sérgio Brasil, destacou a importância da iniciativa. “Diante do ineditismo da situação, o Governo do Estado e a Prefeitura se unindo dessa forma em um projeto dessa amplitude, certamente teremos ganhos, tanto no aspecto tecnológico, como no social”. 

Com relação aos agentes de estação, Sérgio Brasil reafirmou a posição da companhia em não efetuar demissões por conta desse projeto. “Preocupado e consciente, o Metrô já extinguiu a função de bilheteiro. Hoje temos Agentes Operacionais trabalhando em várias outras funções importantes nas estações e não só na venda de bilhetes. Gostaria de tranquilizar toda a categoria com esse compromisso”. 

Os Agentes Operacionais desempenham diversas atividades importantes, como auxiliar o fluxo de passageiros, prestar atendimento aos clientes nas linhas de bloqueio, plataformas de embarque e desembarque, apoiar pessoas com deficiência e orientar os usuários. 

Além disso, a expansão do sistema e o crescimento da demanda geram necessidade de mais mão-de-
obra. Portanto, esses empregados não serão afetados e continuarão exercendo essas atividades imprescindíveis dentro das estações. 

Também participaram do evento o diretor Administrativo e Financeiro da CPTM, Sérgio Pereira e o gerente de Controle Financeiro do Metrô, José Carlos Nascimento, que fez a apresentação do projeto. 

O Metrô publicou a apresentação dessa audiência pública na íntegra no seu site. Os documentos pertinentes ao processo licitatório ficarão disponíveis para consulta pública, por um período de 30 dias. A contratação do serviço deverá ocorrer no final do segundo semestre.

Autor: Site Metrô