LLX recebe licença ambiental para construir Porto do Sudeste

A LLX Logística conseguiu a licença ambiental para a construção do Porto do Sudeste, localizado no Rio de Janeiro. O presidente da empresa, Ricardo Antunes, disse que as obras terão início em setembro e que a operação está prevista para o final de 2011. O porto terá capacidade para movimentação de 50 milhões de toneladas de minério de ferro por ano e pelo projeto está prevista a construção de dois berços de atracação de navios. 

“Este é um dos grandes projetos e demandará investimentos de US$ 740 milhões, que serão financiados pelo BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e com o caixa da companhia”, disse Antunes. Segundo ele, a instituição de fomento já enquadrou o projeto para liberação de financiamento. “Necessitávamos da licença ambiental para o projeto sair realmente do papel. Com isso, 75% dos recursos já estão garantidos junto ao BNDES”, ressaltou o executivo. 

Outro projeto, que segundo Antunes, está em fase adiantada é o Porto do Açu, também no Rio de Janeiro. “Neste, as obras para o terminal de exportação de minério de ferro já estão adiantadas e devem entrar em operação no próximo ano. O que estamos trabalhando é na assinatura do contrato de empresas-âncoras para a construção de um condomínio industrial no local. Já temos assinados 66 pré-contratos e memorando de entendimentos. Com a crise, algumas empresas adiaram investimentos, mas estamos dentro do cronograma”. 

O Porto do Açu, segundo o executivo, demandará investimentos de US$ 1,6 bilhão – US$ 900 milhões para o terminal de minério de ferro e s US$ 700 milhões para os piers de carga geral. “Os recursos para os berços de movimentação de minério de ferro já estão garantidos. 

O que falta é uma empresa âncora para darmos início ao processo de licença ambiental e obtenção de financiamento para o terminal de carga geral. Esperamos até o final deste ano já termos isto fechado”, explicou. Açu será construído em área de 7,8 mil hectares e terá calado de 18,5 metros para recebimento de navios de grande porte. 

Antunes ressaltou ainda que, mesmo com a crise financeira que abalou o mercado mundial, os dois projetos não sofrerão alteração em seus cronogramas. Os investimentos da empresa estão mantidos. 

“São projetos que se pagam. São portos voltados para o minério de ferro cuja demanda, apesar de ter apresentado uma queda significativa com a crise, ainda é alta. O que não ocorreu com o projeto Porto Brasil, em Peruíbe. Não tínhamos uma demanda forte de minério de ferro para continuarmos o projeto e os investimentos eram altos”, ressaltou.

Autor: Gazeta Mercantil