Metrô-SP muda pela 3ª vez novo projeto da Linha 5

O Metrô alterou novamente o projeto de construção da futura Estação Adolfo Pinheiro, na extensão da Linha 5 – Lilás, na zona sul – foi a terceira modificação, desde abril, feita depois da pressão de moradores e comerciantes da região, por causa da grande extensão que seria desapropriada para a obra.
Com as alterações, a área que será desapropriada cai agora de 40 mil m² (o que equivalia a 141 imóveis) para cerca de 7 mil m². A posse que o Metrô terá dos 23 mil m² restantes será provisória e vai durar apenas o tempo necessário para a implementação do canteiro de obras.

Se os proprietários desejarem, o Metrô irá restituir os imóveis do jeito que eram antes da desapropriação.

A proposta, que traz o projeto definitivo da estação, foi apresentada na terça-feira, 16, em uma audiência com representantes do Metrô, deputados estaduais e 200 pessoas, na sede da Associação Comercial de Santo Amaro. A estação continua prometida para o fim de 2010.

O Metrô também desistiu de derrubar um prédio de 1.200 m² onde funcionam os ambulatórios de especialidades da Santa Casa de Santo Amaro. Por lá circulam 30 mil pessoas por mês. Em julho, o Metrô já havia recuado em relação a uma galeria com 98 lojas, que fica na região e seria totalmente derrubada. A maioria (cerca de 70) será preservada. As demais serão derrubadas, mas também reconstruídas depois que a estação estiver pronta.

“Aos poucos, estamos conseguindo provar que a área que seria desapropriada inicialmente era exagerada”, diz Regina Buttner, diretora da Associação de Lojistas e Trabalhadores da Adolfo Pinheiro (Altap), que já promoveu dezenas de protestos na região, temendo prejuízos com as obras.

De acordo com o deputado Barros Munhoz (PSDB), líder do governo na Assembléia Legislativa, as mudanças tornaram o projeto mais barato. Os 90 milhões previstos inicialmente para as indenizações aos proprietários “deve cair pelo menos pela metade”, segundo ele. “Foi a primeira vez, na história do Metrô, que um projeto foi modificado a esse ponto por conta das reivindicações da comunidade”, diz.

Autor: Agência Estado