Primeiro poço do pré-sal iniciará a produção em setembro, diz Petrobras

A Petrobras pretende iniciar em setembro a produção do primeiro poço do pré-sal no campo de Jubarte, na Bacia de Campos. O poço está interligado à plataforma P-34 que entrou em operação no final de 2006, no Espírito Santo. 

A informação foi divulgada pelo gerente executivo do E&P Pré-Sal, José Miranda Formigli, durante evento no BNDES, dia 2 de julho (quarta-feira).
Formigli adiantou que a produção deve ficar um pouco acima dos dez mil barris diários de petróleo. O sistema funcionará como um teste de longa duração “A sorte é que lá tinha uma plataforma e esse poço estava a uma distancia que facilitava sua entrada em produção”. 

Novo modelo de licitações para as plataformas do pré-sal – Ao invés de contratar uma plataforma por vez, a Petrobras pretende fazer licitações em escala para as unidades que vão operar na região do pré-sal. No mesmo evento no BNDES, dia 2, o gerente executivo de Engenharia da Petrobras, Pedro José Barusco, informou que a expectativa é de até o final deste ano a Companhia concluir a licitação de cascos, módulos de compressão, geração e demais equipamentos para plataformas do tipo FPSOs que vão operar na área do pré-sal. 

A produção em série tem como objetivo reduzir custos já que será necessário contratar várias unidades ao mesmo tempo. A empresa vencedora da licitação deverá construir as unidades no dique-seco construído em Rio Grande, Rio Grande do Sul. Barusco disse ainda que a companhia pretende iniciar as obras em janeiro de 2009, com término em 47 meses. 

Na ocasião Barusco também comentou que em 15 dias a Petrobras deverá iniciar a licitação de duas plataformas complementares (uma produz e a outra armazena) para o campo de Papa-Terra, na Bacia de Campos. 

Em um auditório lotado com 650 participantes o diretor de serviços da Petrobras, Renato de Souza Duque, reforçou o compromisso da companhia em privilegiar a indústria nacional em seus projetos, tornando-a competitiva e, dessa forma, garantindo sua sustentabilidade. “Prazo, qualidade e preço competitivo são os maiores desafios, por isso essa mobilização”, comentou sobre a importância do evento. 

Duque dimensionou o crescimento das demandas por serviços comparando o Plano de Negócios da Petrobras para o período 2003-2007 com o atual 2008-2012. O primeiro previa investimentos de US$ 5,8 bilhões ao ano, enquanto o segundo US$ 19,5 bilhões só no Brasil. O plano atual não inclui os investimentos em projetos do pré-sal e será revisto até setembro. | Foto: José Miranda Formigli, gerente executivo do E&P Pré-Sal

Autor: Portal Fator Brasil