Braskem alcança novo avanço tecnológico para produção de polímeros verdes

A Braskem anuncia o primeiro polietileno linear certificado do mundo feito a partir de matérias-primas 100% renováveis, confirmando sua liderança tecnológica na produção de polímeros verdes e seu compromisso com o desenvolvimento sustentável. Essa conquista foi obtida através do desenvolvimento de tecnologia com utilização do biobuteno, que vai permitir à Braskem ampliar sua linha de polietilenos verdes. 

O anúncio representa um novo marco no programa de desenvolvimento de biopolímeros pela Braskem, iniciado em junho de 2007 com o lançamento da primeira resina verde, o polietileno de alta densidade, destinado a mercados que exigem produtos com desempenho e qualidade superiores, com destaque para a indústria automobilística, de embalagens alimentícias, cosméticos e artigos de higiene pessoal. 

O desenvolvimento do polietileno linear está alinhado com a estratégia da companhia de melhoria de competitividade e de criação de valor por meio da tecnologia e inovação. “Esse feito demonstra mais uma vez a capacidade das nossas equipes de estar na vanguarda na pesquisa de tecnologias de ruptura”, afirma José Carlos Grubisich, presidente da Braskem. “Além disso, reforça o nosso compromisso em promover o desenvolvimento sustentável, em sintonia com as aspirações da sociedade em prol de iniciativas que contribuam concretamente para a redução da emissão de gás carbônico na atmosfera”. 

O polietileno linear recebeu certificação de um dos principais laboratórios internacionais, o Beta Analytic, atestando que o produto foi feito a partir de matéria-prima 100% renovável, e seu registro de patente já foi depositado pela companhia. O novo biopolímero foi desenvolvido no Centro de Tecnologia e Inovação Braskem, o mais moderno e bem equipado do setor na América Latina, com ativos tecnológicos de R$ 330 milhões, incluindo 8 plantas piloto.
Antonio Morschbacker, responsável técnico por biopolímeros na empresa, explica que esse desenvolvimento representa um importante salto tecnológico para a Braskem, já que a produção do polietileno linear verde exige a utilização de um segundo monômero (moléculas usadas como matéria-prima para fazer o polímero) de fonte 100% renovável. Ou seja, além do eteno de cana-de-açúcar, tecnologia já dominada pela Braskem, os pesquisadores precisaram elaborar uma nova rota tecnológica que permitisse obter buteno com alto rendimento de matéria-prima renovável. 

O polietileno linear tem como principal mercado o segmento de embalagens flexíveis (filmes), que atendem principalmente à indústria alimentícia. Ainda em escala de laboratório, a produção do polietileno linear verde permitirá que o produto seja testado por clientes selecionados interessados no seu desempenho e vantagens ambientais. Atualmente, a Braskem está finalizando o projeto para implantação de uma unidade industrial para produção de eteno verde, que suprirá as unidades de polietileno já existentes em suas instalações, com capacidade anual de 200 mil toneladas, prevista para operar a partir de 2010. 

“Esse desenvolvimento é mais um exemplo do pioneirismo da Braskem, que já ganhou um dos mais importantes reconhecimentos internacionais do setor relacionados com a tecnologia, o prêmio Bioplastics Awards 2007, na categoria Best Innovation in Bioplastics, concedido pela publicação European Bioplastics News”, destaca Morschbacker. 

Outro importante passo da Braskem, dentro de sua estratégia de valorização de matérias primas renováveis, foi o anúncio no final do mês passado de um importante convênio de cooperação tecnológica com a Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo – Fapesp. O objetivo da parceria, que terá investimentos de R$ 50 milhões ao longo de cinco anos, é incentivar cientistas ligados às melhores universidades e centros de pesquisa paulistas a elaborar trabalhos na área de polímeros a partir de matérias-primas renováveis. 

A companhia também anunciou recentemente um investimento de R$ 100 milhões em Camaçari, na Bahia, para converter a sua atual produção de MTBE em ETBE, a exemplo do que já ocorreu com a Copesul, oferecendo ao mercado um aditivo para gasolina, feito a partir do etanol, com importantes vantagens ambientais. 

Quando o investimento estiver concluído, em 2009, a Braskem terá capacidade para produzir anualmente 300 mil toneladas de ETBE, que além de utilizar um recurso natural renovável reduz em 76% o nível de emissão de CO2 em relação ao MTBE, considerando desde o cultivo da cana até a produção do aditivo.

Autor: Fator Brasil