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Acidentes, Motoboys e Motociclistas

Data: 08/09/2010

Duração: 00:40:09

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Descrição: Abordagem: Ao longo da última década, motocicletas e motociclistas se consolidaram como personagens centrais do trânsito na cidade de São Paulo, com múltiplas implicações sociais e econômicas. Personagens também de uma violência e de uma tragédia humana que confrontam a gestão da segurança viária. Quando, onde e como acontecem os acidentes e as mortes de motociclistas em São Paulo? Quem são os motociclistas que circulam na cidade? O objetivo da palestra é apresentar respostas a essas questões, a partir de uma análise inédita dos dados de acidentes da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) entre 2005 e 2008 e dos resultados de um perfil socioeconômico do motociclista realizado pelo IBGE em 2006. Os principais resultados dessa análise indicam que: 1. A motocicleta é o principal vetor da violência do trânsito paulistano. Entre 2004 e 2007, as mortes de motociclistas cresceram 46,5%. Em 2008, as motocicletas envolveram-se em 60% dos acidentes com vítimas. 2. Acidentes diurnos, mortes noturnas. O acidente sobre duas rodas acontece por igual a qualquer dia e hora, no período de segunda a sexta-feira, de 7 às 20 horas (73% do total). As mortes concentram-se no período noturno (64% das mortes entre 18 e 6:59 horas). 3. A periferia é o endereço do acidente com motocicletas. 60% das vias mais perigosas para o motociclista concentram-se em vias periféricas. As viagens sobre duas rodas em São Paulo partem das periferias porque é nelas que mora a maior parte tanto dos motociclistas (54,1%) como dos motofretistas (44,8%). Mais de 25% das vias mais perigosas têm característica rodoviária - fluxo de veículos de grande porte e alta velocidade. 4. A conduta de risco do motociclista determina a morte e o acidente. A prática do "corredor", o avanço do sinal vermelho, a conversão proibida e a contramão são as causas principais (74%) das mortes de motociclistas. 5. Motociclistas e Motofretistas são um único personagem social. Os dois grupos residem nas mesmas regiões e apresentam as mesmas características socioeconômicas (sexo, idade, escolaridade, renda). Os motofretistas são apenas 25% dos usuários da motocicleta em São Paulo. Departamento de Engenharia do Habitat e Infraestrutura Divisão Técnica de Segurança no Trabalho