Carros dos EUA poderão ter bafômetro

Gosta duma cervejinha no carro? Pois então veja o que está rolando nos EUA: um programa do governo em parceria com as montadoras, que está desenvolvendo um dispositivo para detectar motoristas bêbados que seria instalado em todos os veículos novos, vai receber ainda mais dinheiro para pesquisas.

O aparelho, que automaticamente analisaria o bafo do motorista ou usaria uma luz especial para testar o álcool na pele, evitar que um bebum acionasse o veículo. Ainda não há planos para que ele seja obrigatório – a ideia é que as pessoas o instalassem voluntariamente, de olho nos possíveis descontos das companhias de seguro.

O programa tem uma verba anual de US$ 2 milhões por ano, que seria aumentada para US$ 12 milhões.

Essa injeção extra é fruto das audiências no Congresso dos EUA sobre os recalls da Toyota. Os senadores concluíram que o órgão responsável pela segurança do trânsito no país, a National Highway Traffic Safety Administration, precisa de mais verbas e gente para cumprir suas funções.

O “Sistema De Detecção de Álcool ao Volante” é um esforço cooperado entre a NHTSA e 13 fabricantes. Ele começou em 2008, com um prazo de cinco anos para ser concluído.

Seu objetivo é criar um dispositivo confiável que evite que alguém com teor acima do permitido possa dirigir livremente por aí. As montadoras teriam o direito de instalar esse aparelho em seus automóveis sem o pagamento de qualquer taxa.

“Esse aparelho precisa ser invisível para o motorista sóbrio. E ele tem de ser muito rápido, preciso e confiável”, disse Susan Ferguson, diretora do programa. “E isso vai precisar de um bom investimento”.

Em 2008, quase 12 000 pessoas morreram em acidentes relacionados ao consumo de álcool nos EUA. Os defensores do projeto dizem que ele poderia salvar até 9 000 vidas ao ano.

Uma questão polêmica, claro, é se as pessoas aceitariam esse dispositivo no carro. No entanto, uma pesquisa das seguradoras com 1004 pessoas – dois terços das quais bebem álcool – apontou que 64% acham a ideia “muito boa” ou “boa”. Para 30%, no entanto, nem pensar, alegando razões como privacidade e interferência do governo.

Autor: Depois da Roda