Para ajudar na crise de desabrigados que vem assombrando o estado de Washington, nos Estados Unidos, organizações, incorporadoras e moradores encontraram uma nova solução: a construção de minivilas de casas temporárias para abrigar pessoas em situação de rua. Chamada de Whittier Heights Village, a iniciativa já é a oitava construída em Seattle, mas a primeira voltada unicamente para mulheres que não têm onde viver.
Promovido pelo Low Income Housing Institute (LIHI), as 16 tiny houses que compõem o espaço foram construídas por voluntárias que se encontravam em festas aos finais de semana. Diante das mais diversas habilidades que possuiam no ramo da construção civil, juntas criaram um espaço seguro e confortável para aquelas que não possuem condições.
“As vilas de pequenas casas constituem o programa de abrigo mais eficaz que temos para ajudar as pessoas em situação de rua a se estabilizarem, já que funcionam como uma ponte direta para a habitação permanente”, explica Sharon Lee, diretora executiva do LIHI. A ideia de ser uma moradia temporária está ligada com a criação de um ambiente seguro onde essas mulheres possam viver por um ou dois meses enquanto procuram trabalhos para garantir uma moradia fixa.
De acordo com um relatório publicado pela instituição All Homes, em janeiro de 2020 haviam mais de onze mil pessoas em situação de rua em Seattle, dentre elas, 2.088 estavam em uma dessas tiny houses temporárias. Financiada por doações públicas e privadas, cada uma das 16 casas do minicomplexo custaram 2.500 dólares (cerca de 12 mil reais) e possuem eletricidade, isolamento térmico e fechaduras.
Além disso, a vila possui uma portaria para monitorar a entrada e saída de pessoas, banheiros e uma cozinha completa compartilhada nas áreas comuns. A Whittier Heights Village está localizada no bairro Ballard e recebe mulheres de toda as idades.