O nome é estranho, pelo menos para quem não é da área, mas a finalidade é simples. Definir o coeficiente de atrito entre materiais submetidos ao deslizamento é a principal função de um Tribômetro.
O equipamento, desenvolvido por professores e acadêmicos do curso de Engenharia Mecânica da Faculdade Satc, é utilizado para caracterizar diversas superfícies de materiais, sejam metálicos, poliméricos e até mesmo cerâmicos.
“O Tribômetro determina um resultado quantitativo e qualitativo. Dados de atrito e desgaste obtidos servem como orientação para quem pretende desenvolver novos componentes, como por exemplo, um novo material de engrenagem, rolamento, eixo, ou seja, superfícies que estarão em deslizamento frequentemente”, explica o professor Richard Castro.
Finalizado em 2015, o equipamento começou a ser desenvolvido dois anos atrás, por uma demanda de pesquisa do curso de Engenharia Mecânica e também em trabalhos de conclusão de curso. Conforme Castro, se fosse comprado de empresas especializadas, o custo médio sairia em torno de R$ 90 mil.
“Hoje, não há uma empresa no Brasil que produz. Teríamos que importar. O que é bastante comum é a fabricação por profissionais das próprias universidades, para fins de estudos, como é o nosso caso”, ressalta. O investimento do curso de Engenharia foi de R$ 24 mil.
Equipado com sensores de temperatura e infravermelho, células de carga e medidores de pressão, o Tribômetro é utilizado na pesquisa científica. Uma dissertação de mestrado e dois trabalhos de conclusão de curso (TCCs) foram realizados a partir de estudos com o equipamento.
“Além disso, ele também servirá para dar apoio às indústrias da região, através de prestação de serviços. Estamos prontos para atender quem tiver interesse em desenvolver novos produtos e que precisa desse equipamento”, informa o professor.
Autor: SATC
