Para atingir a altura de 70 metros sobre o canal, a rampa partirá da Avenida Governador Mário Covas Júnior, na altura da Avenida Afonso Pena, em Santos, e terminará na Avenida Adhemar de Barros, na direção do Jardim Helena Maria, em Guarujá. Nesse sentido, a sugestão é que a ponte tenha inclinação de 5%. Ou seja: a cada 100 metros, a estrutura fica cinco metros mais alta.
“Evidente que no projeto definitivo isso pode ser alterado para mais ou para menos”, explicou o secretário de Transportes do Estado Mauro Arce, já que o projeto apresentado não é a proposta final.
Enquanto o projeto básico é idealizado, as prefeituras terão oportunidade de discutir com o Estado e com a população os impactos da obra nos municípios. Arce foi bastante claro ao classificar o lado de Guarujá como o ponto mais crítico e que “precisa ser bastante discutido”.
Uma vez definida nas duas cidades os acessos, será necessário verificar a questão ambiental, com o envolvimento do Ibama, secretarias de Meio Ambiente, Porto e Marinha. “O importante é a gente contemplar neste projeto obras arquitetônicas para que a ponte não seja um problema e sim uma solução”.
Questionado sobre possíveis desapropriações que seriam necessárias para a obra e se esse custo ficaria por conta das prefeituras, Arce disse apenas que ainda está discutindo com as cidades, assim como outros detalhes da construção.
PREFEITOS
Para o prefeito de Santos, João Paulo Tavares Papa (PMDB), a alternativa apresentada pelo Estado foi acertada. Demonstrando satisfação, o chefe do Executivo foi taxativo: “Eu sempre defendi que a ligação entre as duas cidades fosse feita por ponte e não por túnel”.
Papa reforçou que ainda há muito trabalho pela frente e que é preciso definir os acessos que provoquem menos impacto no meio urbano.
Já a prefeita Maria Antonieta de Brito (PMDB), apesar de bastante satisfeita com a proposta apresentada, mostrou estar consciente de que a obra será mais impactante para Guarujá. Tanto que ela se reuniu na semana passada com os comerciantes da Avenida Adhemar de Barros, mesmo antes da definição entre ponte ou túnel. “Eles reagiram bem e com otimismo”.
Antonieta deve voltar a se reunir com a população, antes que o projeto básico fique pronto. Ela e Papa ressaltaram a beleza da estrutura que funcionaria como um cartãopostal, com resultados positivos para o turismo.
Agora, as prefeituras devem iniciar estudos de adequação dos sistemas viários dos dois municípios para atender à logística dos acessos à ponte.
Autor: A Tribuna