5 fatos que marcaram a semana no Brasil e no mundo
1. Petrobras e o impasse ambiental na Margem Equatorial A Petrobras gasta cerca de R$ 4,2 milhões por dia com a sonda de petróleo alugada para os trabalhos na Margem Equatorial, que segue parada à espera de licenciamento ambiental do Ibama. O processo, que se arrasta há anos, teve um avanço recente com a aprovação preliminar dos Planos de Emergência Individual e de Proteção à Fauna para a perfuração na bacia. No entanto, o Ibama solicitou novos esclarecimentos, já respondidos pela estatal, e o impasse continua.
2. Obras estratégicas para a COP30 em Belém O governo federal inaugurou duas obras ligadas à COP30, conferência internacional sobre clima e meio ambiente que será sediada em Belém. A primeira é a ponte de acesso rápido entre o Porto de Outeiro e os locais do evento; a segunda, a revitalização do próprio porto. Após a conferência, o Porto de Outeiro integrará a rota de turismo de cruzeiros, fortalecendo o potencial turístico e econômico da região.
3. EUA e China: nova fase da guerra comercial A disputa econômica entre Estados Unidos e China ganhou novos capítulos. Em resposta às tarifas impostas por Donald Trump, o governo chinês abandonou o uso do formato de arquivos Microsoft Word em documentos oficiais, substituindo-o pelo software nacional WPS. Mais impactante, porém, foi a restrição à exploração e exportação de terras raras — minerais essenciais para a indústria tecnológica. A China concentra 80% das reservas mundiais conhecidas, enquanto o Brasil possui a segunda maior, ainda subexplorada.
4. Operações secretas na Venezuela O presidente norte-americano autorizou a CIA a conduzir operações secretas na Venezuela, prática que no passado envolveu golpes políticos, assassinatos seletivos e o financiamento de grupos insurgentes. Trump, crítico declarado de Nicolás Maduro, justifica as ações como parte do combate ao tráfico de drogas. Entretanto, o Relatório Mundial sobre Drogas de 2025, da ONU, não inclui a Venezuela entre os principais países produtores ou exportadores, embora o país possua as maiores reservas de petróleo do mundo e esteja próximo à Margem Equatorial brasileira.
5. Crise política e protestos no Peru O Peru enfrenta uma nova onda de protestos e instabilidade política. A presidente eleita, com apenas 4% de aprovação, foi destituída pelo parlamento, e o presidente interino José Jerí declarou Estado de Emergência. Ele é o sétimo líder do país em seis anos — 11 nos últimos 25. Fontes ligadas à China sugerem possível influência dos EUA na desestabilização, já que o Peru é destino de grandes investimentos chineses, como o porto de Chancay. Recentemente, Brasil e China firmaram um protocolo para estudar uma rota ferroviária ligando o porto de Ilhéus (BA) a Chancay, fortalecendo a integração logística entre os dois países.
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