Descubra quais são os quatro mitos sobre as energias renováveis

Fontes de energias renováveis são recursos naturais utilizados para geração de energia elétrica considerados inesgotáveis. Sua grande popularidade se deu pelo seu caráter ecológico e facilidade de geração. Com isso, diversos mitos e fake news surgiram sobre o tema – tanto para o lado positivo quanto para o negativo.

Conheça agora os quatro mitos sobre essas fontes de energia!

Mito 1 – Energias renováveis representam uma parcela insignificante das fontes energéticas

O argumento a favor desse mito afirma que mesmo com anos de subsídios e crescimento vertiginosos, as energias renováveis ainda representam uma pequena fração do sistema elétrico mundial. Segundo os dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico – ONS, a energia elétrica proveniente do vento é um décimo da gerada pela queima do carvão.

Apesar dos dados sobre energia solar e eólica corroboram para esse mito, vale lembrar que usinas hidrelétricas são consideradas renováveis. Dessa forma, a soma de sua geração com a da biomassa, geotérmica, solar e eólica – todas renováveis, representou 12% da eletricidade produzida em 2020 em todo o mundo. Além disso, a frota nuclear fornece cerca de 19%.

Mito 2 – Energias renováveis substituirão em poucos anos todos os combustíveis fósseis

Muitas empresas e governos tentam vender um futuro onde 100% dos combustíveis fósseis são substituídos por fontes renováveis. Essa ideia é interessante e tecnicamente possível, mas a previsão dos cientistas é que esse modelo não ocorra tão cedo.

Em um estudo sobre eletricidade, o Laboratório Nacional de Energias Renováveis – centro de pesquisa norte-americano -, afirmou que os EUA poderiam obter 80% de sua eletricidade a partir de fontes renováveis até 2050. Com essa configuração, poderiam manter as luzes do país acesas todos os dias normalmente. Em nenhum momento do estudo há a menção de um cenário 100% renovável!

Mito 3 – Fontes renováveis precisam de altos investimentos

Uma das principais críticas às fontes renováveis é que elas são formas caras de geração de energia elétrica. Para efeito de comparação, o Jornal de Estudos Ambientais publicou que a energia gerada do carvão custa em média 3 centavos de dólares para cada 1000 Watt-hora (kWh) produzido; usinas de gás a 6,2 centavos; eólica a 8 centavo; e solar custa 13,3 centavos por kWh.

Vale lembrar que essas tecnologias avançam rapidamente. Componentes e materiais mais baratos, somados às tecnologias mais eficientes contribuem para diminuição nos custos dessas gerações. Em estudo mais recente publicado pelo Jornal sugerem que o preço da energia eólica caiu para pouco mais de 4 centavos de dólares por kWh – podendo chegar a 2 centavos em regiões bem localizadas com maior capacidade de geração.

De forma semelhante, em relatório divulgado pelo Lawrence Berkeley National Laboratory, os custos de painéis solares residenciais de pequena escala caíram cerca de 13% em 2020. Esse barateamento foi causado pela diminuição nos valores dos componentes solares.

Mito 4 – O gás natural é superior a qualquer fonte de energia renovável

O gás natural é uma fonte de energia relativamente limpa e barata. Foi a grande aposta para superar todas as outras fontes renováveis, principalmente depois da alta na produção desse composto nos EUA. Não há dúvidas que esse gás transformou o setor elétrico mundial, mas isso não quer dizer que seja divergente às outras fontes renováveis – e sim complementares.

O crescimento da geração de energia por gás natural não impediu avanço de outras fontes. De 2009 a 2012 o gás natural teve um aumento de 34%, geração eólica avançou 92% e no mesmo período a solar quase se quadruplicou.

Os subsídios federais favorecem a geração por gás natural sobre solar e eólica, mas isso não impede que as demais fontes renováveis evoluam e tenham seu papel no cenário energético.

Fonte: Engenharia 360