Na última quarta-feira (16), a Amazon Web Services (AWS) e a Agência Espacial Brasileira (AEB) assinaram um Termo de Intenção Estratégica e Cooperação. Em resumo, isso significa que o país terá apoio para alavancar o crescimento da indústria espacial.
A parceria será feita com foco em três iniciativas. A primeira delas inclui o financiamento de startups nacionais por parte da AWS, além do oferecimento de treinamento técnico para os profissionais, certificações e suporte comercial.
Ainda neste tópico, a Amazon e o governo brasileiro poderão identificar iniciativas promissoras de tecnologia espacial que possam apoiar os objetivos de outras organizações governamentais.
A segunda iniciativa visa incentivar a colaboração entre a Agência Espacial Brasileira e seus parceiros. Para isso, deve ser criado uma base de dados espaciais centralizada, em que qualquer pesquisador interessado poderá acessar e analisar as informações.
Por fim, a Amazon e o governo brasileiro devem ainda discutir políticas, estratégias e medidas regulatórias nacionais voltadas ao sustento de objetivos espaciais civis, comerciais e de segurança nacional.
Apesar da ampliação do acesso de startups brasileiras às ferramentas da AWS ser um dos grandes focos da parceria, ainda não há datas para que as empresas comecem a usar tais recursos. Na verdade, devem ser realizados eventos nos próximos meses para atrair projetos interessados e iniciar a mudança de cenário.
A partir do acordo, o governo brasileiro também pretende ampliar o uso do Centro de Lançamento de Alcântara, no Maranhão, e transformá-lo em um polo industrial do setor espacial. O local é considerado ideal para lançamentos de satélites e foguetes graças a sua proximidade com o Equador, ausência de eventos climáticos extremos e baixa densidade de tráfego aéreo.
Quem sabe, no futuro, o Brasil não se torne um dos pontos de embarque para o turismo espacial?
