08h30 – 09h00 Recepção e Credenciamento

09h00 – 09h45 Abertura – Imagens das Enchentes na Cidade de S.Paulo

Aluizio de Barros Fagundes – Presidente do Instituto de Engenharia
Marcelo Cardinale Branco – Secretário Municipal de Infraestrutura e Obras de São Paulo
Ronaldo Souza Camargo – Secretário Municipal das Subprefeituras de São Paulo
Ubirajara Tannuri Felix – Superintendente do Departamento de Águas e Energia Elétrica – DAEE

09h50 – 10h00 Depoimento Luiz Carlos de Faria – Gestor Comercial e Corporativo do Expresso Mirassol

Enchentes afetam empresas de transporte e logística

O executivo Luiz Carlos de Faria, gestor comercial e corporativo do Expresso Mirassol, mostrará, na prática, como a enchente que paralisou a capital paulista, no último dia 8 de setembro, afetou essa empresa de transporte de cargas fechadas. “Naquele dia, meus veículos ficaram represados nas ruas, em garagens e nos pátios dos clientes, provocando o que tecnicamente é chamado de prejuízos por lucro cessante”, relembra Faria.
Perda de faturamento em virtude da improdutividade da frota de veículos não seria um privilégio exclusivo das empresas de transportes e logística que operam na região Metropolitana de São Paulo. A Expresso Mirassol enfrenta problemas semelhantes no Sul do País, onde muitas cidades são castigadas por fortes temporais que provocam queda de barreiras, enchentes, fechamento de rodovias e intermináveis congestionamentos nas principais estradas da região.

10h00 – 10h30 As enchentes na RMSP – causas – soluções
Palestrante: Julio Cerqueira Cesar Neto – Instituto de Engenharia

Piscinões, um mal necessário

As tecnologias utilizadas no sistema de prevenção de grandes temporais na região da Grande São Paulo, na opinião de Julio Cerqueira Cesar Neto, são obsoletas e já deveriam ter sido substituídas por técnicas mais modernas e avançadas. Para agravar ainda mais o quadro, acrescenta, também já se tornaram insuficientes as obras que ampliaram a vazão das águas na Calha do Tietê. “Os piscinões são hoje um mal necessário”, defende Cerqueira César Neto, referindo-se aos reservatórios cuja função é a de armazenar nas cabeceiras dos afluentes tudo que venha do rio Tietê. Os piscinões constam no Plano de Macrodrenagem proposto em 1998 pelo Departamento de Água e Energia Elétrica (DAEE). De lá para cá, dos 134 previstos foram construídos 48 reservatórios. O investimento necessário para a execução desse projeto é calculado em R$ 3,6 bilhões.

10h30 – 11h00 Custos de uma enchente na RMSP
Palestrante: Denisard Alves – Professor – FEA-USP

Aumento da população agrava o custo social das inundações

A impermeabilização das ruas e avenidas e o aumento descontrolado da população só agravam ainda mais os custos sociais das enchentes na região metropolitana de São Paulo. Para Denisard Alves, professor titular da Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade (FEA) da Universidade de São Paulo (USP), “esses custos são todos aqueles relacionados, por exemplo, ao tempo que as pessoas levam paradas dentro dos carros nas marginais Pinheiros e Tietê ou com o CO2 liberado pelos automóveis para a atmosfera”. Alves se dedica ao estudo da econometria aplicada, método utilizado para desenvolver modelos de previsões econômicas também aplicadas na análise de mudanças climáticas.

11h00 – 11h30 Caracterização operacional do Centro de Gerenciamento de emergências
Palestrante: Augusto José Pereira Filho – Professor Instituto de Astronomia, Geofísica eCiências Atmosféricas USP

Mudanças exigem modernização dos suportes tecnológicos usados contra enchentes

A necessidade de investir na modernização dos suportes tecnológicos do Centro de Gerenciamento de Emergências da Prefeitura Municipal de São Paulo será o foco da palestra do professor Augusto José Pereira Filho, do Instituto Astronômico Geofísico e Ciências Atmosféricas da Universidade de São Paulo (USP).
“Pretendo discutir as mudanças que ocorreram no ambiente urbano nos últimos 70 anos e mostrar as pesquisas que estão sendo desenvolvidas para minimizar os impactos das enchentes por meio de sensoriamento remoto”, afirma o especialista. Pereira Filho trabalha com sistema de previsão hidrometeorológica para a Bacia do Alto Tietê e deverá destacar a necessidade de modernizar os suportes tecnológicos do Centro de Gerenciamento de Emergências do município.

11h30 – 12h00 Debates

12h00 – 14h00 Pausa para Almoço

14h00 – 14h30 Situação atual da calha do Rio Tietê – capacidade e vazões de projeto para T=100 anos
Palestrante: Ubirajara Tannuri Felix – Superintendente – DAEE – Departamento de Águas e Energia Elétrica

14h30 – 15h00 Situação atual dos canais e elevatórias do Rio Pinheiros – capacidade e vazões de projeto para T=100 anos
Palestrante: Teresa Arruda Lana – Gerente do Departamento de Planejamento e Supervisão da Operação – EMAE – Empresa Metropolitana de Águas e Energia

Desempenho do canal Pinheiros durante o período de enchentes

A situação do Canal e Elevatório do rio Pinheiros – Capacidade e Vazões será apresentada pela engenheira Tereza Arruda Lana, gerente de Planejamento e Supervisão de Operação da Empresa Metropolitana de Água e Energia Elétrica (EMAEE). Em sua apresentação, Tereza Lana fará uma rápida descrição de como opera o canal Pinheiros nos períodos de enchentes e do comportamento do sistema nas últimas inundações. Além de mostrar as ferramentas utilizadas para fazer o sistema operar, ela também falará sobre o que pode se esperar do futuro.

15h00 -15h30 Erosão e assoreamento na RMSP – causas – volume – custos
Palestrante: Álvaro Rodrigues dos Santos – Geólogo

Obras caras anuladas pelo assoreamento dos rios Tietê e Pinheiros

Os ganhos obtidos pelas “necessárias e caríssimas” obras estruturais de ampliação das calhas dos principais rios que cortam a cidade de São Paulo “são em boa parte anulados pelo intenso assoreamento a que essas dragagens são submetidas. Ou seja, uma radical redução da erosão urbana coloca-se como uma condição elementar para o pretendido sucesso de um programa de combate às enchentes”. Esta é a tese que o geólogo Álvaro Rodrigues dos Santos pretende discutir durante o Seminário.
Santos é coordenador técnico do Instituto de Pesquisas Tecnológicas (IPT) de São Paulo em projetos que investigam os processos de erosão e assoreamento na RMSP. Além de indicar um elenco de técnicas e providências para a redução das enchentes, sua palestra abordará a extensão, as causas da erosão urbana, e suas relações com esse fenômeno que afeta a região.

15h30 -17h00 Mesa Redonda: Todos
Conclusão e Recomendações


Apoio Institucional:

As inscrições são gratuitas e podem ser feitas pelo e-mail [email protected]. Informações pelo telefone 3466-9230, com Marcela.