Prova de carga de 3, 4 mil t é realizada nas estacas da ponte Manaus-Iranduba

Sistema com célula expansiva hidrodinâmica possibilitou a realização de testes em estacas com cargas elevadas e submersas na água

A Arcos Engenharia de Solos realizou uma prova de carga recorde de 3,4 mil t nas estacas da ponte Manaus-Iranduba, atualmente em construção sobre o Rio Negro, na região Norte do Brasil. As estacas, submersas na água e com capacidade para suportar uma carga elevada, foram testadas com célula expansiva hidrodinâmica, tecnologia desenvolvida e patenteada pela empresa.

“O procedimento com as células expansivas hidrodinâmicas é simples e permite também fazer testes off shore. Foi a primeira vez que fizemos provas deste tipo no Brasil”, conta Pedro Elísio da Silva, diretor técnico da Arcos Engenharia de Solos. O sistema pode ser adotado também em tubulões, estacas escavadas e concretadas, estacas pré-moldadas e estacas tubadas.

A tecnologia de prova de carga por célula expansiva tem como princípio a 3ª Lei de Newton, ou Lei da Ação e Reação, que diz que a toda ação corresponde uma reação igual e em sentido contrário. “A tecnologia consiste em uma armação metálica que contém na sua ponta três ou mais células interligadas. Essas células são instaladas na estrutura da estaca e concretadas junto com ela”, explica Silva.

Segundo o engenheiro, após o concreto secar, por meio de uma tubulação prevista, é injetada água na célula, o que faz com que ela funcione como um êmbolo, abrindo e possibilitando a medição do peso suportado.

Além da capacidade de realizar testes dentro da água, o sistema permite levar a prova de carga ao valor máximo de ruptura da interação solo-fundação. De acordo com a norma brasileira NBR 6122 – ABNT 2006, a prova de carga deve ser realizada em uma estaca a cada cem unidades executadas. No caso da obra em Manaus, a prova de carga verificou que a estaca prevista suportava o dobro da carga necessária.

Com 3,6 km de extensão, a ponte Manaus-Iranduba deverá ser concluída em março do ano que vem. As obras estão sendo executadas pelo Consórcio Rio Negro.

Autor: PINIWeb